Masturbação vs depressão

Ontem a noite eu tentei me masturbar imaginando alguns rapazes que fazem o meu tipo na Alemanha,  aos poucos eu fui ficando deprimido embora as minhas fantasias tivessem me deixado excitado. Ao decorrer dos meus pensamentos de masturbação começou a surgirem outros com ódio sobre aquilo:
Por que eu teria que ficar me masturbando por um bando de filhos da puta que nem se quer gostam de me olhar?
Por que a minha vida tem que ser assim baseando-me em restos e migalhas enquanto a vagabunda da Maribel dá o bucetão todos os dias pro cara que eu gosto?
Eu tou aqui me masturbando mas o meu corpo não causa atração nas pessoas que eu desejo, as pessoas pelas quais eu me masturbo são pessoas indiferentes a mim.
Estou com ódio de não conseguir acabar com essa situação na minha vida de querer uma coisa e ter que apelar para o mundo imaginário para fingir que eu tenho.

Bom, todos esses pensamentos me deixaram deprimido e eu acabei não conseguindo terminar de masturbar, deixei tudo de lado devido ao ódio que foi despertado em mim e fui dormir com muita raiva e vários questionamentos pairando em minha mente:
Por que eu não tenho o maldito direito de ter uma vida sexual satisfatória que me permita tem uma relação com quem eu tenha vontade de me relacionar?
Por que eu nasci com desejos sexuais num corpo que tanto repele todo tipo de contato masculino?
Existe propósito ou causa “espiritual”  para eu ter um problema revoltante como este?

O problema da homossexualidade que nos faz gostarmos apenas de homens heterossexuais me parece ser um oceano enquanto quem tem esse problema é um naufragado, por mais que se lute, a morte é quase certa, não ha o que fazer a não ser aceitar o próprio fracasso, tomar veneno e morrer!
Porra! Eu antes tinha esperança que um dia algum cara da minha escola iria gostar de mim, terminei os estudos sem se quer ter nunca me relacionado com alguém, depois eu passei a acreditar que encontraria alguém fora do ambiente escolar, foi mais um engano. Depois eu achei que talvez fora do Brasil eu encontrasse alguém, fui para a França e Alemanha, encontrei vários homens bonitos, atraentes e héteros mas é sempre a mesma desgraça: o homem lhe atrai mas não gosta de você, os que talvez quisessem você são tão gays como você ou então você poderia arrumar uma mulher, só! Se for para me relacionar com quem não pode me satisfazer, eu prefiro ficar com uma desgraça de mulher, pelo menos isso me garante um status na sociedade que me abre algumas portas. A única diferença entre o homem brasileiro e o europeu é que o brasileiro é mais sexualizado, agressivo e preconceituoso, só.

Hoje realmente eu estou com ódio para poder me masturbar, tem dias que você tem ódio dos problemas que nunca terminam na sua vida. Sabe quando você tem um resfriado que nunca passa e aí você começa a ter ódio do próprio corpo? Pois é, eu estou assim. Eu fiquei com mais raiva ainda da minha situação quando eu vejo nas redes sociais as vagabundas tirarem foto com uma cara de puta satisfeita ao lado os caras que eu gosto, por que elas podem ser felizes sexualmente com quem elas desejam e eu não? Por que eu tive que nascer num corpo que é um retrocesso pra mim enquanto essas vagabundas nascem com o corpo de acordo coma vida sexual delas? Vejam só nesse link a foto onde o cara que eu gosto fica com a maldita manca desgraçada que já tem tudo, com aquela cara de baratinha de fogão que ela tem, deve ficar transando, dando o dia todo para quem ela gosta. Enquanto eu, tenho que, quando muito, me contentar com tocar punheta por alguém que me ignora! Por que essa manca desgraçada nasceu com tanta sorte e eu nasci pra ser eternamente o filho da puta que gosta de heteros malditos?

Daí um leitor desse blog me aconselha ler Louise Hay, uma das rainhas da famigerada autoajuda new age. O Luiz Gasparetto cujo trabalho eu acompanhava desde 1993,  alem de falar dessa autora, ele aplicava muitos conhecimentos dela em seu público, essa Loiuse Hay adota frases como:
“Se eu quero acreditar que a vida é solitária e que ninguém me ama, é isso que eu vou encontrar no meu mundo”.
Pois é, eu depois de ler livros de autoajuda como todo bom viado faz, lá pelos meus 16 anos, onde esse problema me assolava, eu começava a dizer que me amava, começava a acreditar que o mundo era bom, começa a “pensar positivo”, realmente o mundo melhorava pra mim: as meninas da minha escola riam mais pra mim, eu ficava mais seguro, fazia mais amizades mas os rapazes que eu gostava, continuavam a transar com deus e o mundo enquanto me ignoravam! Os meus familiares que sempre foram verdadeiros “brucutus” e que sempre acharam besteira essas coisas de autoajuda, trepam a torto e a direita com o mundo todo, namoram e tudo mais!

A própria Loiuse Hay antes de virar a diva da autoajuda, na infância, tinha sido abusada sexualmente!!!
Por acaso ela precisou ler algum livro pra fazer a periquita dela trabalhar para atrair pessoas e consequentemente ser abusa? Não! Eu tenho várias amigas que hoje em dia são super atraentes, desejadas, com uma sorte satânica no sexo e no amor e que em suas infâncias foram abusadas, teve uma até que ficou com um cara que eu era apaixonado e eu contei aqui. Essas amigas hoje dão mais que chuchu na cerca e não precisaram ler a Loiuse Hay.
Eu preferiria mil vezes ser abusada na infância e depois ter uma vida sexual próspera do que ser o que eu sou hoje: um cidadão desprezado por quem gosta, que não tem corpo para atrair quem realmente deseja, que ninguém liga, que já tem idade para ser avô mas que é virgem. Falar de abuso sexual pra mim é como contar a história do planeta Marte em mandarim pra mim, não faz parte da minha compreensão afinal o que aconteceu comigo a vida inteira é o contrário do abuso: o desprezo. Você não ser lembrado, querido, desejado por alguém é muito mais dolorido do que ser vítima de um abuso sexual. A vida inteira você sempre vê aquele rapaz que você gosta tendo relações com várias mulheres mas com você ele é ríspido, rude ou no máximo, indiferente; enquanto ele beija, namora  e é super simpático com as suas amigas, nem mesmo um sorriso para te dizer um bom dia ele te dá. Agora as mulheres, vivem dizendo que são abusadas na infância por toda a família, mas daí crescem, arrumam machos deliciosos, transam, traem, pegam os maridos das amigas, vivem indo a motéis, transam com homens inimagináveis para nós gays como policiais, miliares, jogadores de futebol e atores famosos e ainda ganham dinheiro pra isso heim!!! Ou seja, elas têm uma vida sexual muito badalada, rica e farta para superarem o tal abuso que sofreram, eu não.

Eu já tentei me hipnotizar para ver a minha suposta vida passada mas eu caio no sono e não vejo bosta nenhuma. Espírito, demônio, alma penada, ET e o caralho a quatro, nenhum jamais veio conversar comigo.  Ou seja, só me resta morrer mas nem pra isso eu presto, quando eu tento me matar me dá medo e eu desisto! Os aviões que eu tomo nunca caem, eu tenho mesmo é que aguardar a minha morte natural pois ela é a única certeza que eu posso ter mas infelizmente tudo indica que ela ocorrerá depois de muito tempo de sofrimento meu, talvez daqui a uns 290 anos eu morra e me livre dessa desgraça do meu maldito corpo bugado querer uma coisa que eu não posso ter! A pior desgraça da vida é gostar de pessoas! Eu odeio gostar de pessoas! Gostaria de não gostar de ninguém nunca mais!
As minhas únicas companhias só são os meus computadores e esse blog com tão poucos acessos.

 

 

7 comentários

  1. “Cada um dá aquilo que tem. E o que você dá, você recebe.” Palavras de Louise Hay e muitos outros. Aqui você está ‘dando’: raiva, INVEJA, arrependimento, desgosto por si mesmo, e pela vida. O que acha que vai receber em troca?

    Um trecho que serve pra você é; “Você vem se criticando há anos. Mudou alguma coisa? Que tal experimentar elogiar-se?” Pode parecer bobo, mas faz grande diferença.

    O desgosto por si mesmo e masturbação constante não dá em nada bom. Não sou eu que estou dizendo, dá uma olhada: http://comoparar.forumeiros.com/ no ebook.

    Já estive em uma situação parecida com a sua. Mas só você tem o poder de se melhorar e não é da noite pro dia. Espero que te ajude em algo.

    1. Será mesmo que as coisas são tão simples assim?
      “Cada um dá aquilo que tem. E o que você dá, você recebe” ?
      O que você acha das pessoas sociopatas que dão ódio e maldade a sociedade e que recebem carinho e admiração dos outros?
      Suzane Von Richthofen é encalhada?
      Quanto a se gostar, será que a vida inteira as pessoas que na minha situação se encontram se odeiam 24 horas por dia para não conseguirem ninguém?
      Será que se eu me adorasse feito Narciso, um rapaz do jeito que eu gosto surgiria do nimbo e passaria querer se relacionar comigo?
      Será que todo mundo que se odeia morre virgem?
      A Louise Hay quando foi estuprada ela se amava a tal ponto de atrair alguém que a pegasse na força?
      Por que nós homossexuais temos que nos amar tanto para ter alguém enquanto os heterossexuais têm sexo e amor a delivery mesmo distribuindo ódio a torto e a direita?
      Não sei.

      1. 1 – Sim, grandes problemas podem ser decompostos em pequenos problemas, mais fáceis de serem resolvidos.
        2 – Essas pessoas sabem dar aquilo que os outros querem receber, manipulam pessoas.
        3- O crime que Suzane Richtofen fez não tem a ver com sexualidade e sim poder.
        4- Você não parece se odiar 24 horas por dia. Você parece bem inteligente, sabe de diversos assuntos e já morou/mora na Europa. Se achou capaz o suficiente para isso. O seu problema é na sexualidade não é?
        5 – O nome disso é narcisismo e nada tem a ver com amor (por si mesmo). Sim, isso pode acontecer. Já deve ter ouvido falar em lei da atração né. Funciona sim.
        6- Não necessariamente.
        7- Que eu saiba isso aconteceu com ela na adolescência, bem antes dela se tornar famosa. E estupro é bem diferente de sexo né? Pqp…
        8- Você deve saber que muitos homossexuais tem sexo a vontade. Amor já é outra coisa bem diferente. E volto a dizer que ‘cada um dá o que tem e recebe o que dá’. E pode receber agora, daqui a um ano, dez… ou até em outra vida.

        E volto a recomendar ‘Ame-se e Cure sua Vida’ e outros da Louise Hay!

        1. Se eu for receber o que dou, agora, depois ou mesmo em uma outra vida, não ha como dizer que o que eu recebi foi graças ao que eu dei hoje, ainda mais quando imaginamos existir a possibilidade de uma outra vida que pode ser milhares de anos a frente dessa. Fazer um trabalho para se ter alguma coisa daqui a um tempo indefinido pode ser a mesma coisa que não se fazer nada, afinal, se eu não faço nada hoje, pode ser que eu faça amanhã e consiga o meu objetivo em um tempo indefinido ou no tempo de quem já havia feito alguma coisa antes. Sendo assim, fazer algo para se ter um retorno sabe-se lá quando, pra mim é a mesma coisa de não ter retorno algum, mesmo pq, um retorno tardio pode acontecer quando eu não precisar dele mais. Ninguém trabalha pra receber o salário sabe-se lá quando, a fome tem prazo certo para acontecer.

          Quando falamos de gays que fazem sexo, nos referimos aos gays fazem sexo apenas por fazer, de maneira mecânica como se fosse uma masturbação e aqueles que conseguem gostar de outros gays. Eu por exemplo, se me arrumar, colocar um sorriso sacana no rosto e tentar ter um sexo mecânico com uma mulher ou um gay, creio que eu não teria muita dificuldade, não acho que eu iria ter que me amar, me aceitar para conseguir, mas isso não me daria prazer.
          Agora se fosse com um hetero daqueles que eu quero, mesmo que fosse apenas sexo e mais nada, eu já estaria quase totalmente satisfeito, mas isso não acontece.

          Agora é interessante você descrever: o que é o “dar e receber” que você diz baseando-se na autora que você citou?

  2. -Eu pensava bem parecido com você antes: Nem adianta tentar, não vai dar certo. E continuava me fudendo. Não dava ouvidos a ninguém.
    -O amor por si próprio é apenas o começo.
    -Eu falo sobre a lei do retorno. Quem distribui ódio, vai ter ódio como retorno em algum momento. Isso vale para tudo e todos.

    Mas se não faz sentido pra você não adianta ficar teclando. Só você tem poder sobre sua vida.

    1. Realmente não faz sentido pra mim regras vagas que eu não possa me aprofundar para testá-las, pra mim você falar que quem dá ódio vai receber ódio em ALGUM MOMENTO e quem da amor vai receber amor em ALGUM MOMENTO, é o mesmo que eu contratar você para trabalhar em uma empresa minha lhe prometendo pagar 250 mil dólares EM ALGUM MOMENTO…
      Como você pode ter certeza que as coisas que aconteceram com você foram causadas por outras iguais que você fez e não pelo acaso se o tempo para elas acontecerem é indefinido?

      Vou explicar melhor: se eu toco o botão de uma campainha e em poucos milissegundos eu escuto o som de campainha , eu sei que o meu apertar de dedo no botão é que fez a campainha emitir o som. Agora se a campainha fosse apertada por mim e o som saísse daqui a 150 milhões de anos depois(algum momento como você diz), como eu saberia que realmente foi o meu dedo que fez aquele som tocar? Como alguém como a autora supracitada poderia ficar vivo por 150 milhões de anos para saber que o tocar de campainha faz o som dela acontecer, para repetir a experiencia, para depois ensinar em livros que o tocar do botão de uma campainha emite som EM ALGUM MOMENTO? Sem se falar da possibilidade de no meio desses 150 milhões anos, uma outra pessoa ter ido lá e causado o barulho depois e eu não saber e achar que ele se deu por minha causa. Percebe o problema?

      Se eu não sei quando vai acontecer, não posso garantir que um efeito vai fazer outro acontecer.

      Você é gay que gosta de hetero? Hoje tem a vida sexo afetiva bem sucedida ?

  3. Você pode se aprofundar para testá-las sim! É só estudar e tentar!
    Vou nem tentar explicar porque é algo que você tem que experimentar. Só vou dizer que não é tão exato assim como você espera que seja. Tem mais a ver com sentimentos, estados internos.

    Sim, já me atraí muito por heteros, principalmente na adolescência. É realmente frustrante e até revoltante ver um cara atraente na rua e saber que você não tem chance. Mas aos poucos eu fui percebendo que boa aparência é só um convite.

    Minha vida, incluindo o lado sexual e afetivo, é bem melhor hoje. Ainda não é perfeita por causa de crenças e hábitos que sei que posso modificar.

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