Loirinhos espirituais da orla de Santos

Uma vez eu e minha mãe fomos passear na orla de Santos, cidade litorânea de São Paulo que inclusive já foi a sua capital. Nós ficamos cansados de tanto andar e nos sentamos em um dos bancos que têm ali, ao lado da ciclovia, tinha muitos prédios bonitos ao redor, então eu fiquei olhando a praça, as pessoas e os carros. Realmente é um local muito agradável para se ficar ao final da tarde.

De repente passa dois jovens loirinhos por onde eu estava, eles eram muito bonitos, era notório que eles não eram pobres, pareciam rapazes de classe média alta. Eu que geralmente quando estou com os meus parentes não olho para homens, nesse casa eu olhei. Eu não sentia um sentimento predatório sexual por eles, não, não foi isso que eu senti. Eu vou tentar explicar melhor: sabe aquelas pessoas que dizem terem passado por uma experiência de quase morte (EQM) , quando elas chegam lá no outro mundo, elas falam que sente um amor incrível, um calor, um bem estar quente, quase hipnótico, um sentir algo gostoso no peito. Pois é, foi isso que eu senti pelos dois jovens, eles eram lindos como homens também, mas eu senti algo por eles alem de atração, eu senti uma admiração, uma alegria, uma vontade safada de puxar assunto, tipo o cachorro quando gosta do dono.

Como nós gays que gostamos exclusivamente de heterossexuais já sabemos que atração sexual, amor, simpatia só termina nos trazendo experiências trágicas, então eu vi os rapazes e nem falei nada, simplesmente fiquei os olhando se afastar. Talvez eu tenha me apaixonado pela vida deles, pelo jeito ou poder aquisitivo deles, eles transpiravam uma aura de brilho, ah , sei lá, eles eram de uma realidade que não é a minha. A presença deles era quase de seres pleiadianos perto de mim.

Sei lá, com aparência que eles tinham, qualquer um se interessaria por eles eu acho. Como eu nunca tive alguém na minha vida e aos 50 anos como eu ainda sou virgem, então eu acho que é normal eu me vislumbrar pessoas tão chamativas como eras esses dois rapazes quase espirituais. De repente nem gente eles eram…

 

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